domingo, 7 de dezembro de 2008

Pedir, buscar e bater

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.” (Mt.7:7-12)

Para entender melhor o texto e só prestarmos atenção no comportamento de uma criança que deseja algo, estando ela perto da mãe com esta visível, ela pede; caso esteja longe, a criança busca; se a mãe estiver inacessível no seu quarto, a criança bate na porta até ela abrir.

Há situações em que basta pedir, é o estágio em que o filho simplesmente pede. Ainda está descobrindo o que quer ou quase sabe com certeza. É preciso incluir a palavra: seja feita a tua vontade. (Mc. 10: 51- 52).

Outras são necessárias buscar, o filho já sabe o que quer ou o que deve querer, mas tem de caminhar até lá, neste momento deve-se perseverar. (Dn. 10: 12-14; Jo. 4: 46-54). Sempre neste ponto da caminhada os obstáculos surgem em maior quantidade. Neste momento existe a necessidade de pedir para o pai “ dar forças para não desanimar, não desviar, não desistir...” “confirma Senhor a tua vontade”.

Mas também existem outras em que a oposição é muito grande, o filho chega até a resposta, mas “a porta está fechada” então devemos bater, insistir, conquistar até ver a porta do céu se abrir. Muitas confirmações já foram dadas a cerca da vontade de Deus, mas um detalhe impede a concretização do fato, então há a necessidade de insistir em oração, porém não como petição, mas utilizando a autoridade que Jesus nos deu contra todo o empecilho do diabo.
(Js. 6: 1- 5; Mc 5: 25-34).

Finalizando quero dizer que não adianta “pedir, buscar e bater” sem antes termos um bom relacionamento com o nosso próximo. Jesus rapidamente depois de ensinar a cerca da oração, volta à atenção dos discípulos para o próximo. (Mt. 7:12; MT 5:23-24).

domingo, 9 de novembro de 2008

Tudo passa...

Estava fazendo uma faxina nos papéis e encontrei a reflexão que escrevo logo abaixo. Sinceramente não me recordo pelo que estava passando mas o que importa é que passou. Sempre passa, por pior que possa parecer, logo passará. Há e quanto às tulipas da foto, nada especial, apenas a minha flor preferida... Abraços a todos, graça e paz!!

"A despeito de tudo aquilo que é ruim, de toda a tristeza, sofrimento e angústia que muitas vezes se encontram em nossas vidas, tudo, TUDO o que o Senhor fez é bom e se a nossa visão for ofuscada pelas adversidades, perderemos a oportunidade de ver a grandiosidade da graça de DEUS e todas as maravilhas que Ele fez por nós. "
Simone Alves em 10/02/2005.

sábado, 1 de novembro de 2008

Cópias do Original

Podemos ser cópias de quem quisermos Paulo, Pedro, João ou de qualquer um dos tele-evangelistas da atualidade. Assim como os crentes da igreja de Corinto foram aconselhados a serem imitadores de Paulo, pois ele era imitador de Cristo.

Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” I Co 11:1

Mas devemos ter o cuidado quando buscamos ser uma cópia de outra cópia, por que podemos também adquirir os defeitos que não existem no original, e acabamos sendo uma cópia autêntica de uma cópia, porém muito diferente do original.

O que na verdade precisamos é buscar ser cópia fiel e autenticada do original e não se contentar em ser apenas uma cópia de outra cópia, a vontade de Deus é que sejamos à imagem de Jesus Cristo. Rm 8: 29

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” Ef 5:1

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Verdade (parábola)

Um dia, a verdade decidiu visitar os homens, sem roupa e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.
E todos que a viam, lhe viraram as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim a verdade percorreu os confins da terra, criticada, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido, muitos adornos e esplendidamente elegante.

- Verdade, porque esta tão abatida? Perguntou a Parábola
- Por que devo ser muito feia e antipática, não agrado ninguém já que os homens me evitam tanto! Respondeu amargurada a Verdade.
- Que disparate! Comentou a Parábola.
- Não é por isso que os homens evitam você. Consolou a Parábola, completou; - Vista alguma de minhas roupas e veja o que acontece.

Então a verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, maquiou-se e de repente, por toda parte onde passava era bem vinda e festejada.
Nós, os seres humanos, não gostamos de encarar a verdade nua e crua, sem adornos, preferimos maquiada, disfarçada.

"Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus."
II Co 2:17

"pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade."
II Co 4:2

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As ondas de Deus

Lembro-me de que quando era adolescente tinha o costume de no início da tarde logo após a escola, pegar o pé de pato do meu tio e a prancha de bodyboard e ir à praia tentar pegar umas ondas.

Digo tentar pelo motivo de que nem sempre o mar dava para surfar. Em dias assim são poucas as ondas, então havia a necessidade de estar atento olhando para o horizonte para quando as ondas viessem aproveitá-las, mas muitas das vezes eu acabava me distraindo e perdia a onda ou tomava um caldo.

Esta experiência que tive trago para a minha vida espiritual, e fica mais claro para compreender o porquê devemos estar em constante oração. Imagine você esperando algo da parte de Deus e num momento de distração você perde aquela oportunidade ou vai orar para ver se aquela oportunidade é ou não de Deus.

Creio que quando estamos atentos “em oração”, e as oportunidade surgirem diante de nós não haverá dúvidas em nossos corações se aquilo é ou não de Deus, pois o Espírito Santo irá confirmar e tranqüilizar nosso espírito dando naquele momento a direção a ser tomada sem perda de tempo e com isso iremos aproveitar ao máximo a onda de benção que Deus enviou.

“Pois eu o Senhor, teu Deus, que agito o mar, de modo que bramem as sua ondas – O Senhor dos Exércitos é o meu nome.” Is 51:15

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sem Rótulos


Estava assistindo pela milésima vez o filme Highlander que conta a história de um homem chamado Connor Macleod que pertence a um clã de guerreiros imortais que passam o tempo todo lutando contra outros clãs de guerreiros imortais, pois apenas um imortal deve sobreviver.

E num rápido momento fiz uma associação conosco cristãos e a necessidade de pertencer a um clã, seja o clã dos pentecostais, o dos reformados, o dos neo pentecostais, o dos G ou M12, e assim por diante. E se pode piorar, com a mesma fissura de querer arrancar a cabeça (autoridade) do outro clã. Como dizem a vida imita a arte...

E com isso deixamos de cumprir o que de fato deveríamos que é ser exemplo de unidade para um mundo individualista, dividido e perdido (Jo 17:21). Por falar em ser exemplo, lembro-me da recomendação feita por Paulo à igreja de Corinto que segundo a bíblia foi uma igreja cheia de dons espirituais, porém não sabia o que era viver a vida de Cristo, a ponto de haver o clã de Paulo, o clã de Apolo, o clã de Cefas e o de Cristo, nada diferente de hoje cada um buscando ter um rótulo.

Será que é difícil não fazer parte de nenhum clã humano, sem ter ninguém te perguntando o que você é, se reformado, pentecostal ou neo pentecostal?? Será que é impossível apenas fazermos parte da igreja de Cristo sem ter a necessidade de ter rótulos e sem cabeças para decepar, aliás, somos todos de uma só família, a de Deus. Ah, e o cabeça é Cristo.

“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.” Gl 3:26-29

sábado, 27 de setembro de 2008

Enquete

Como parte da atualização do layout incluímos uma enquete para sabermos como os leitores haviam conhecido o blog.
O resultado foi:
46% - Indicação de amigo
33% - Google
13% - Blogueiros Evangélicos
6% - Orkut

Embora eu saiba que muitos que visitam não tem o hábito de participar de enquetes ou comentar, foi bacana saber o resultado. Desde já agradecemos a todos os participantes e pedimos para que participem da nova enquete, comentem os artigos, expressem sua opinião.

Um abraço.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fé que se vê

Como ver a fé? Como seria possível vê-la ou demonstrá-la?
Estranho e ao mesmo tempo curioso, mas um dia desses estava lendo o livro de atos quando fiquei surpreso com a declaração que o escritor faz antes da cura de um paralitico no capitulo quatorze versículo nove que diz: “Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e andava.”

Naquele momento, pensei como o apóstolo viu a fé daquele paralítico? Ele não sentiu, pois fé não é sentimento, então me lembrei de um texto que relata também a cura de um paralítico, mas desta vez e Jesus que vê a fé. “Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” Mc 2:5

Na língua portuguesa os sentimentos são definidos como sendo substantivo abstrato, o que quer dizer algo que existe, mas que não pode ser tocado. Porém creio que o sentimento pode ser presenciado através de gestos e palavras, por exemplo, quando amamos é certo que não medimos esforços para agradar esta pessoa, seja através de palavra ou num simples gesto como o de dar um buquê de rosas.

Assim também é a nossa fé, ela não pode ser tocada, mas deve ser testemunhada através dos nossos gestos e palavras, pois não adianta dizermos que temos fé se não colocamos ela em ação. (Tg 2:14-26)

Note que, se os quatro homens que conduziam o paralítico apenas acreditassem que Jesus podia curá-lo e não tivessem a ação de transportá-lo até Jesus como testemunhariam a cura do mesmo? E o pior, se tivessem desistido devido a multidão que os impedia de chegar até ao Senhor, aquele paralítico teria ficado no quase. Mas eles não colocaram os olhos nos obstáculos e nem tiveram uma fé passiva ao contrário, colocaram a fé em ação e com os olhos no autor e consumador da fé romperam com as barreiras. (Mc 2:1-12)

Só iremos alcançar o que Deus determinou para as nossas vidas quando colocarmos a nossa fé em ação, sem deixar que a dúvida devido ao tempo e circunstâncias entre em nossos corações, pois a dúvida é o principal obstáculo que devemos enfrentar.
(MT 8:13; MT 21:21; Tg 1:22-25; Rm 14:23).

E necessário crermos que diante das dificuldades que surgem nas nossas vidas, em Deus podemos fazer proezas e que a nossa fé quando provada age mostrando o seu real valor.
(I Pe 1:7-9; Sl 60:12; Ef 3:20)

domingo, 21 de setembro de 2008

Leve a sua cruz





Não pense que a sua cruz é pesada de mais. Nosso Senhor não nos dá nada além do que possamos suportar.
"... Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz, e siga-me." Mt.16:24

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

A sagrada localização do templo (parábola)


Uma pequena ilustração Judaica que me vez refletir sobre o amor fraterno.

O rei Salomão herdou de seu pai, David, inúmeras riquezas e, graças à sabedoria que lhe era peculiar, soube fazê-las prosperar. Cada um de seus projetos era sempre realizado com sucesso e sua glória se espalhou pelo mundo. “De que me servem todos esses tesouros se os anos estão passando sem que eu possa cumprir a promessa que fiz a meu pai?”, perguntava-se amargamente o monarca.

Mandei construir dezenas de palácios, mas ainda não consegui erguer o Templo em louvor à glória de Deus. O Senhor é Testemunha de que não é má vontade de minha parte se ainda não iniciei tão nobre construção. No entanto, não sei como reconhecer o local mais apropriado. “Toda a Terra de Israel é sagrada, mas o solo no qual serão levantados os muros do Templo, deverá ser o mais precioso ao Criador”.
Uma noite, Salomão meditava novamente sobre o local em que deveria construir o Templo; sua promessa ainda por cumprir o incomodava e, em vão, lutava contra o sono. À meia-noite, não tendo ainda conseguido adormecer, decidiu sair para caminhar. Vestiu-se rápida e silenciosamente para não ser visto pelos serviçais e saiu do palácio.
Andou por uma Jerusalém adormecida, passando perto de grandes jardins e bosques, acompanhado somente pelo agradável ruído das folhas que farfalhavam ao vento, até que finalmente chegou ao Monte Moriá. A colheita recém terminara e do lado sul da montanha já estavam dispostos feixes de trigo cortados. Salomão apoiou-se em um tronco de oliveira, fechou os olhos e em sua mente começaram a desfilar as mais diversas localidades de seu reinado. Reviu colinas, vales, bosques que lhe pareciam destinados ao Templo e dezenas de outros locais por onde havia passado cheio de esperança, mas dos quais saíra decepcionado.
Repentinamente, o rei Salomão ouve passos. Abre os olhos e vê um homem carregando em seus braços um feixe de trigo. Um ladrão – pensou, rápido. Estava prestes a sair de seu esconderijo sob a árvore, mas conteve-se no último momento. “Esperemos para ver o que esse homem está tramando”.
O visitante noturno trabalhava rapidamente e sem ruído. Ele colocou o feixe de trigo no terreno vizinho, depois voltou para buscar outros e assim continuou até levar 50 feixes. Depois, olhou preocupado, em seu redor, como que para se certificar de que ninguém o havia visto e partiu. “Gentil vizinho”, pensou Salomão. “O proprietário do terreno não deve saber por que sua colheita diminui durante a noite...”
Mal teve tempo de refletir sobre como punir o ladrão, pois logo a seguir, outro homem apareceu. Prudente, o homem circundou os dois terrenos e, acreditando estar só, pegou um feixe de trigo de um terreno e o levou para o outro. Fez exatamente o que o outro fizera, só que levando o trigo no sentido inverso. Assim, ele fez com mais outros 50 feixes de trigo, partindo, depois, em silêncio.
“Esses vizinhos se merecem...”, pensou Salomão. “Imaginei que só havia um ladrão mas de fato, o próprio ladrão acaba sendo, ele mesmo, roubado”. Sem delongas, no dia seguinte, Salomão convocou os dois proprietários dos terrenos.
Deixou o mais velho esperando em uma sala, enquanto interrogava o mais jovem, com severidade:“ Diga-me, com que direito você pega o trigo do terreno de seu vizinho? ”
O homem olha surpreso para Salomão e fica vermelho de vergonha. “Senhor”, responde-lhe, “eu jamais faria uma coisa dessas. O trigo que eu transporto me pertence e eu o coloco no campo de meu irmão. Gostaria de manter isso em segredo, mas já que fui apanhado, direi a verdade. Meu irmão e eu herdamos de nosso pai um campo que foi dividido em duas partes iguais, apesar de ele ser casado e ter três filhos, enquanto eu vivo só. Meu irmão precisa de mais fermento que eu, mas não aceita que eu lhe dê. É por isso que levo os feixes para ele, secretamente. Para mim, eles não fazem falta enquanto que ele deles necessita”.
Salomão levou o homem para outra sala e chamou o proprietário do segundo campo:
“Por que você rouba o teu vizinho”, perguntou asperamente. “Sei que você se apossa do trigo dele, durante a noite.”
“Deus me livre de fazer uma coisa dessas”, protestou o homem, horrorizado. Na verdade, ocorre o contrário. Meu irmão e eu herdamos de nosso pai duas partes iguais de um terreno, mas eu, em meu trabalho, conto com a ajuda de minha esposa e meus três filhos, enquanto ele está só. Ele precisa chamar o ceifeiro, o debulhador, de forma que ele gasta mais dinheiro que eu e logo estará passando necessidade...Ele não quer aceitar um único grão de trigo de minha parte, e por isso eu levo para ele pelo menos alguns feixes, em segredo. Para mim não fazem falta, enquanto que ele os necessita”.
Então, o rei Salomão chamou novamente o primeiro homem e, emocionado, abraçou os dois irmãos e disse: “Vi muitas coisas em minha vida, mas jamais encontrei dois irmãos tão honestamente despreendidos como vocês. Durante anos vocês foram de uma bondade imensa e recíproca – e o que é mais importante – em segredo. Faço questão de lhes expressar toda minha admiração e peço que me perdoem por haver suspeitado que fossem ladrões, quando na verdade são os homens mais nobres da terra. Agora, tenho que lhes pedir um favor. Vendam-me seus terrenos para que eu construa o Templo Divino sobre esse solo santificado pelo amor fraterno de vocês dois. Nenhum local é mais digno do que esse, em nenhum outro local o Templo encontrará fundamentos mais sólidos.”
Os irmãos concordaram, de bom grado, com o pedido de Salomão. Deram-lhe o campo e o rei de Israel os recompensou fartamente. Em troca, deu-lhes terras mais vastas e mais férteis e fez anunciar, por todo o país, que o local sagrado para o Templo de D’us finalmente fora encontrado!
"Toda a Terra de Israel é sagrada, mas o solo no qual serão levantados os muros do Templo, deverá ser o mais precioso ao Criador"
“Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o filho do Homem, que não veio para servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. MT 20:26-28

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Graciosa graça


Bem, depois de um ano na área técnica do blog, cuidando do layout e funcionalidades, lá vai o meu primeiro post...

Temos uma dificuldade tremenda em compreender a Graça de Deus, mas tudo se torna mais claro ao compreendermos a partir da perspectiva de que a Graça de Deus faz parte do plano redentor traçado pelo Pai para que pudéssemos nos reaproximar dele.

Quando Paulo escreve a segunda carta aos coríntios, no final ao abençoá-los nos dá esta descrição.

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” II Co. 13:13.

A graça redentora de Jesus Cristo nos resgatou do pecado que nos separava de Deus, uma vez resgatados por esta graça temos novamente acesso ao amor de Deus.
Agora, através desta maravilhosa graça de Cristo Jesus, graça que não merecemos, somos reintegrados ao amor de Deus que na sua infinita misericórdia e conhecedor de nossas fraquezas nos deu a “comunhão do Espírito Santo” para que por esta comunhão nos mantenhamos no amor de Deus eternamente.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aliança feita, muralhas ao chão


Sempre que ouço no inicio da ministração o pregador dizer: - abram a bíblia no livro de Josué... , automaticamente me vem a mente abrir no capítulo 6 pois é quase certo ele falar da destruição das muralhas de Jericó.

Não estou dizendo que este texto não deva ser pregado mas, com as dificuldades que o ser humano encontra no dia a dia, quem não gostaria de ter seus problemas derrubados ou aniquilados? Então ministrar sobre a vitória milagrosa de Israel é arrancar com certeza a aprovação e aplausos dos ouvintes emocionados com o relato e com a possibilidade de o mesmo acontecer em suas vidas.

Eu acredito que Deus pode realizar maravilhas hoje como operou na historia do povo hebreu, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e será eternamente, mas devemos atentar para o relato antes da derrubada das muralhas.

Primeiramente o livro de Josué mostra o Senhor relembrando ao povo a sua fidelidade, e os aconselhando a buscar através das escrituras saber qual a sua vontade, e aproveita para alertá-los do horror que Ele tem contra o pecado. (Js 1:1-18)
Vale a pena lembrar que essa geração não é a que saiu do Egito, pois a geração vinda do Egito sucumbiu no deserto devido a rebeldia e incredulidade ficando apenas Josué e Calebe (Nm 14:20-38).

Esta nova geração não presenciou o poder com o qual Deus havia retirado Israel do domínio do Egito, porém testemunharam muitas outras maravilhas que o Senhor fazia entre eles. Este era um povo sem aliança com o Senhor, pois não eram circuncidados e iriam para a batalha sem ter esta aliança, por esta razão o Senhor ordenou a circuncisão para retirar o opróbrio do Egito de sobre eles. Logo após a circuncisão vem o descanso, e com as forças recobradas é momento de celebrar e se alegar pelos feitos realizados pelo Senhor e pelos que Ele irá fazer. (Js 5:1-12)

Trazendo para hoje encontramos muitos querendo “derrubar muralhas”, “desbaratar exércitos”, “saltar montes”, profetizar vitórias, mas esquecem que primeiro devemos atentar para a palavra do Senhor, reafirmar nossa aliança com ele (ter uma vida na presença de Deus), descansando nele sabendo que nossa força vem somente dele, se alegrando a cada dia não somente pelo que Ele pode fazer, mas sim pelo que Ele já fez na cruz do calvário.

domingo, 24 de agosto de 2008

Manutenção...


Aqueles que lêem o blog com frequência devem ter notado algumas modificações. Pois é, o contador de visitas parou de funcionar travando o rádio e o funcionamento do blog. Fomos tentar resolver e acabamos dando uma "embelezada" no layout.

Tem um novo contador de visitas que ainda não é o que queríamos, colocamos novas músicas no rádio (clique para conferir) e o André postou mensagens novas. Testamos um contador que dava a localização de quem acessava e ficamos surpresos ao ver em dez minutos gente de todas as partes do país e até de Portugal. Infelizmente este contador também travava o blog e tivemos que tirar.

Para aqueles que tiveram dificuldades de acessar ontem, 1000 perdões.

Enfim, comentem sobre as mensagens, o layout, dê a sua opinião.

Atire a primeira pedra...




sábado, 23 de agosto de 2008

Qual a prioridade da sua pregação?

Hoje em dia aqui no Brasil existe um crescimento de tele-evangelismo, isso seria muito bom para a anunciação da palavra e louvável. Isso se quase a maioria desses tele-evangelistas não gastassem o tempo para propagar a teologia da prosperidade.

Certa vez em uma palestra ouvi a seguinte definição sobre esta teologia: “A teologia foi criada pelos alemães, piorada pelos americanos (teologia da prosperidade), e praticada pelos brasileiros.” Concordo com esta definição, pois creio que o nosso foco não pode estar no que o Senhor pode nos dar, mas sim nele, que é o nosso salvador e que diga-se de passagem, já nos deu a “benção”, a salvação.

Com a divulgação da teologia da prosperidade que ensina a estarmos preocupados com o “ter” mais do que o “ser”, o cristão cada vez mais se afasta do verdadeiro propósito, que é preparar o caminho para a segunda vinda do Senhor. Tomo como exemplo bíblico e aproveito para meditar um pouco na vida e ministério de João batista, “João significa Graça ou favor de Deus, batista refere-se a sua vocação especial de batizar” (Mt 11:13/Lc 16:16).

A vinda de João batista pôs fim a dispensação da lei, e o inicio da dispensação da graça com o evangelho da paz. (At 10:36-37/Mc 1:1-5), a pregação dele fazia referência ao reino de Deus, certamente levando os seus ouvintes a entender que a ordem de Deus seria estabelecida no mundo, porém antes de qualquer manifestação visível da soberania de Deus, a expressão indica a maneira de vida dos que se deixam dirigir por Deus em tudo. Para isso há a necessidade do arrependimento que é ter uma mudança de parecer que resulta em pesar; é mudar de propósito (Mt 13:33/Rm 12:1-2).

O ponto de partida da vontade de Deus manifesta em nós segundo a pregação de João batista, é o arrependimento que envolve dar uma guinada com vistas ao Reino dos Céus e para isso devemos nos arrepender, mudar de comportamento, redirecionar os objetivos das nossas vidas (Mc 1: 15/Cl 3: 1-4).

Isto claramente indica que, antes da vinda de João batista, o Reino dos Céus não estava presente. Mesmo após João ter começado a sua pregação, o Reino dos Céus ainda não estava presente, estava somente próximo. O próprio Senhor Jesus em suas pregações e ensinos centralizava o Reino de Deus, que curiosamente das 137 referências ao “Reino” feito no novo testamento 100 ocorrem durante o ministério de Jesus, mostrando a importância que o Senhor dava a sua anunciação e ele alertou aos discípulos para fazerem o mesmo. (Mt 4: 17; 10:7).

João foi enviado para preparar o caminho do Senhor, este caminho é semelhante a uma rua, e as veredas semelhantes a travessas, é um retrato do coração do homem com todas as suas partes. Preparar o caminho do Senhor é arrepender-se e levar outros ao arrependimento de todo o coração e deixar o Senhor entrar nele.

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” Ap 3:20.

Endireitar as veredas do Senhor é permitir que Ele ocupe cada parte do nosso coração, incluindo a mente, as emoções e as vontades. Portanto, preparar o caminho do Senhor e endireitar as veredas é mudar de comportamento, voltar o pensamento para Ele e endireitar o coração, para Ele, por meio do arrependimento, cada parte e caminho do coração seja por Ele endireitado com vistas ao Reino dos Céus (Is 40:1 - 11).

Fica agora a comparação com o “evangelho” que anda sendo divulgado por muitos tele- evangelistas e líderes de muitos ministérios. Espero que você que está lendo este artigo esteja ou comece a dar prioridade a pregação do reino que envolve arrependimento e graça de Deus.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Os sacerdotes, os magos e o Cristo

É atemorizante observar como a religião cega, até mesmo os maiores observadores da escritura, um exemplo disto encontramos no início do evangelho escrito por Mateus.

Os sacerdotes eram os que ensinavam a lei ao povo (Ml. 2:7) e os escribas eram os que conheciam as escrituras (Ed. 7:6). Tanto os sacerdotes quanto os escribas tinham conhecimento com relação a Cristo, mas ao contrário dos magos do oriente não tiveram a visão nem tinham o desejo de buscar a Cristo.

Os judeus tinham as escrituras a respeito de Cristo e os magos do oriente viram a estrela de Cristo”. (Mt 1-3)

Os judeus tinham o conhecimento mental das letras mortas com relação a Cristo, enquanto os magos receberam a visão viva (Nm. 24:17) a seu respeito.

Porém, os magos por não conhecer o que diziam as escrituras acerca dos fatos e seguindo os seus próprios conceitos foram pelo que parecia óbvio, com isso desviaram-se parando em Jerusalém, a capital da nação judaica, onde se presumia que o rei deveria estar.

O desvio deles alarmou a Herodes “O grande”, conhecido por sua crueldade e por ter cometido barbaridades, este era chamado pelos romanos de “rei dos judeus”, que conseqüentemente mais tarde ordenou a morte de inocentes (Mt. 2: 16-18), porém tudo estava contribuindo para o cumprimento das escrituras.(MT 2:13-15; Os 11:1).

Depois os magos tiveram um encontro com as escrituras, sendo por elas corrigidos e restaurados de volta ao caminho correto que os levaria ao Rei dos Reis e Cristo, a estrela apareceu novamente para eles.

“A visão viva sempre acompanha as escrituras.” (Mt 2:4-10).

Uma vez que temos um encontro com Cristo jamais seguimos o mesmo caminho, pelo contrário, sempre tomaremos um novo caminho (Mt 2:12).

terça-feira, 15 de julho de 2008

Folhas não são Frutos.


Raul Seixas e a Bíblia (Pr.Luiz Sayão)

Estava navegando pela net me deparei com este artigo muito interessante do pastor Luiz Sayão, decidi postar aqui no blog.

Raul Seixas e a Bíblia

É fato conhecido que um dos pioneiros do rock nacional, que fez muito sucesso há cerca de três décadas, foi o controvertido Raul Seixas. Numa mistura de protesto e busca por respostas para a vida, o conhecido “Raulzito” causou a mais diversificada reação em todo o país.

Pouca gente sabe que o falecido roqueiro conheceu o Evangelho de Cristo. Chegou até mesmo a ter um filho com sua primeira companheira, que era filha de um missionário norte-americano. Todavia, a perspectiva panteísta e agnóstica de Raul Seixas mostrou que o famoso cantor não abriu o coração para a mensagem do Evangelho. Sua morte não deixa dúvidas sobre isso!

Por incrível que pareça, se Raul Seixas não se deixou influenciar pelas boas novas de Jesus, parece-me que suas idéias estão cada vez mais presentes na realidade evangélica contemporânea. Será possível que estamos caminhando para uma “teologia do Raul Seixas”? Será que teremos um evangelho “maluco beleza”? O amigo leitor pode dar sua própria opinião.

Enquanto as Escrituras deixam claro que existe apenas um Deus verdadeiro, que está acima de sua criação (Is 44.6; Rm 1.18-21), a perspectiva panteísta aparece expressa na música “Gita”, de Raul. Ele afirmava: “Eu sou a luz das estrelas / A mãe, o pai e o avô / O filho que ainda não veio / O início, o fim e o meio.” Este enfoque tenta tirar de Deus a glória que só Ele tem e merece. De modo geral, o panteísmo que deifica a natureza acaba definindo como categoria suprema o fluxo do movimento. Heráclito sorriria no túmulo. Tais idéias, muito presentes nos filmes norte-americanos mais populares, parecem emergir do conceito de que Deus é uma energia, “um fluir” (unção?). Em certos redutos evangélicos já se pode perceber que Deus se tornou “um poder manipulável” por “comandos determinadores”. Além disso, o enfoque da teologia do processo, que já nos influencia com todos os seus desdobramentos específicos, também diminui Deus e o coloca sob o domínio do “fluxo do tempo”, sugerindo que Ele é apenas nosso sócio na construção da história.

METAMORFOSE AMBULANTE

A idéia da supremacia do fluxo do tempo desemboca na rejeição de outras categorias fixas. A única categoria é o próprio tempo, o novo senhor absoluto. Com esse pressuposto, já não podemos ter teologia e ética definidas e claras. Embora a Bíblia seja um livro de orientações muito cristalinas sobre Deus, a salvação e o propósito da vida (2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21), para muitos evangélicos, a teologia “maluco beleza” é preferível. Como diria Raul: “Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante / Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.” Se uma opinião for antiga, deve ser rejeitada! Há uma crise doutrinária e teológica em boa parte do meio evangélico. Muitas pessoas adotam hoje idéias liberais, místicas e extremistas sem a devida avaliação. Nesse caso, não importa sua fundamentação teológica, histórica e lógica. Viva a metamorfose!

Tal sensação de indefinição, presente no pensamento do roqueiro tupiniquim, ajudou a formar seu perfil estranho, controvertido e até mesmo bizarro. Não é que um grupo significativo de evangélicos também já tem se aproximado do esdrúxulo?! Há um certo desprezo pela reflexão, pela teologia, e o crescimento de práticas risíveis e simplesmente inacreditáveis. Será que podemos ouvir o eco da música de Raul ao contemplar grande parte do chamado meio evangélico atual? Será que estamos diante do “Contemplando a minha maluquez / Misturada com minha lucidez”? Até onde vai a nossa “maluquez”? Será que voltaremos à lucidez? Será que muitas reuniões religiosas de hoje estão nos deixando, “com certeza, maluco beleza”? Espero que essa sensação seja um exagero! Todavia, temo que não seja!

Não faz tanto tempo assim, os cristãos evangélicos entendiam que um culto de adoração a Deus tinha, de fato, Deus como o centro do culto. Muitos cânticos tinham letra elaborada, teologia saudável e enfatizavam os atributos e os atos de Deus. No entanto, em algumas reuniões dominicais de hoje, temo que o foco esteja sendo mudado. Novas canções falam de um amor quase romântico e indefinido, divertem a massa, exaltam unção, montanhas, Jerusalém, guerra etc. O conceito de dedicar o domingo para uma diversão sem propósito e finalidade bíblica é manifesta na teologia do Raul Seixas. Como ele mesmo dizia: “Eu devia estar contente pelo Senhor ter me concedido o domingo para ir ao jardim zoológico dar pipocas aos macacos”. Será que já podemos observar “uma fauna evangélica com suas macaquices litúrgicas”? Tomara que não! Espero que tudo que escrevo não passe de uma análise exagerada! Todavia, temo que não.

Como todo enfoque teológico, o pensamento do “teólogo-músico pós-ortodoxo” nacional, também possui as suas decorrências de ordem prática. Não há como fugir da realidade. A forma de pensar e ver o mundo influencia e determina a vida prática de qualquer pessoa. A verdade é que se adotarmos uma base panteísta, um pensamento relativista, uma ética indefinida e práticas místicas emocionalistas sem conteúdo, não chegaremos a lugar nenhum. E não é que o “grande teólogo-roqueiro” já sabia disso! Quem pode lembrar de sua “perspectiva teleológica” que determinou seu trágico fim? “Este caminho que eu mesmo escolhi / É tão fácil seguir/ Por não ter onde ir.”

Se a igreja evangélica brasileira desvalorizar a doutrina bíblica, desprezar a teologia, deixar de lado a ética e afundar-se no misticismo e nas novidades ideológicas frágeis, logo ela descobrirá que esse é um caminho “tão fácil de seguir”. O grande problema é que no final das contas “não teremos para onde ir”.

Mais do que nunca, precisamos desesperadamente voltar nossa atenção para as Escrituras Sagradas, com o verdadeiro desejo de obedecer a Deus e à sua verdade. Que Deus nos abençoe.

Luiz Sayão.

Retirado do site:
revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=64&materia=596

sexta-feira, 27 de junho de 2008

De que árvore você nasceu?

Um dia desses acordei com uma música que vinha da casa de um dos meus vizinhos, até então nada novo, pois é costume deles ouvirem o rádio muito, mais muito alto no período da manhã. Mas o que me chamou a atenção foi a letra da música, diga-se de passagem, letra em música é algo raro nos dias de hoje tanto secular como gospel.

Pra minha surpresa a letra me fez refletir acerca do ser cristão, e suas atitudes como tal, digo surpresa por que creio que a música gospel que deveria fazer este papel, isto se os artistas do meio gospel não estivessem inte
ressados somente em lucrar, é claro que existem as exceções.
Com isso acabamos muitas das vezes ouvindo Deus falar justamente através daqueles improváveis aos nossos olhos, tal como a jumenta de Balaão lembram dela?

A seguir alguns trechos da música:
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, De que árvore você nasceu...
Semente eu sei, tem gente que ainda acredita.
E aposta na força da vida e busca um novo amanhecer
Semente eu sou sua terra, semente pode entrar em mim.
Se conseguir aquilo que você quer.
E conseguir manter a nobreza de ser quem tu é.
Tenha certeza que vai nascer uma planta.
Que a flor vai ser de esperança.
De amor pro que der e vier.

O que me fez lembrar a explicação da parábola do joio, “E ele respondeu: o que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno.” Mt 13:37-38

Agora cabe a nós como boas sementes produzirmos frutos que demonstrem de que reinos somos. E aí de que árvore você nasceu?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A maldição da figueira Mc 11:12-14.

No evangelho é normal encontrarmos Jesus instruindo, perdoando, amando e ensinando a amar ao próximo, mas quando nos deparamos com o Senhor amaldiçoando, soa estranho aos ouvidos ou melhor dizendo é difícil de entender.

Para compreender este texto devemos literalmente “viajar” nas escrituras porém sempre com cautela para não fazer como alguns que acabam viajando na maionese, como se diz aqui no Rio de Janeiro. Quando falo viajar, digo analisar o contexto histórico e geográfico, se transportar para as condições em que o Senhor se encontra no referido texto.

Bom, supõe-se que este fato tenha ocorrido numa segunda feira, uma semana antes da crucificação de Jesus, neste período a perseguição a Ele havia aumentado a ponto de muitos temerem hospedá-lo. Imagine quem abriria a casa para receber uma pessoa perseguida pelo sistema religioso e político ou pior ainda comer na mesma mesa que ele...

Então nestas condições encontramos Jesus com seus discípulos saindo de Betânia a caminho de Jerusalém, que com fome avistou de longe uma figueira e foi até ela para se alimentar mas decepcionou-se por não ter encontrado nenhum fruto, uma vez que Betânia (casa da tâmara) e sua vizinha Betfagé (casa dos figos) eram conhecidas também por cultivarem bons figos e tâmaras.

E o que é mais curioso neste texto diz: “Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos”.

A primeira vista parece que Jesus estava desatualizado, como ele procuraria fruto em uma árvore fora do tempo? Curiosamente as figueiras primeiro produzem o fruto para logo após aparecerem as folhas, então em uma árvore repleta de lindas folhas seria normal encontrar também frutos suculentos.

Este texto nos ensina que o Senhor não está interessado em estereótipos, mas sim de que haja no nosso interior um espírito quebrantado, um coração compungido e contrito que com certeza ele não despreza. As folhas da religião chamam a atenção mas, elas nunca serão o fruto real do cristianismo.

“Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.
Rm 14:17

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O desafio de esperar sem ver...

As reuniões cristãs na atualidade estão cada vez mais parecidas com reuniões de auto-ajuda em que a preocupação está focada mais no estilo de vida do ser humano do que com a salvação dele. Como conseqüência deste pensamento vemos o crescimento e a divulgação de teologias onde a ênfase está nas mãos do Senhor ou melhor, no que Deus tem para dar e não no próprio Senhor.

Devido a isto encontramos muitas pessoas interessadas em até o final da reunião sair tendo a certeza de que Deus irá fazer o que está em seus corações, não por que a palavra disse, mas por que o “profeta” ou o “pastor” viu algo, então em cima desta “visão” elas se sentem satisfeitas com o culto pois Deus “falou” o que elas queriam. E infelizmente, alguns líderes vão alimentando o ego destas pessoas com invenções que a cada dia vão distanciando a igreja dos ensinamentos das escrituras tirando cada vez mais Cristo do centro para colocar os homens com suas necessidades.

Eu creio que Deus é bondoso e que é um Pai disposto a abençoar seus filhos, porém como filhos devemos saber agradar o nosso Pai não com o interesse de receber algo em troca “barganha”, mas sabendo que ele é galardoador daqueles que o buscam.

Hb 11:1-3; 6: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”

· v1a – Esperar sem ver é um desafio. Rm 8:24-25 / II Co 4:16-18
· v1b – Mas com a certeza que obterá o que espera. I Jo 5:14-15
· v2 – Devemos esperar dando bom testemunho. Rm 4:18-21
· v3 – Quando menos “esperamos” Deus faz acontecer. Rm 4:17
· v6 – A única condição para obter é ter fé.

“Esperar algo sem ver é um desafio, mas com a certeza da obtenção do que se espera sempre dando um bom testemunho pois quando menos esperamos Deus faz acontecer o que aguardávamos.”

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O diabo, o homem ou DEUS???


Sempre que algo impede o progresso em alguma área de nossas vidas associamos este impecilho como sendo obra do diabo. Imediatamente começamos a decretar, determinar, declarar, profetizar e etc, a queda da barreira e em seguida a vitória de Deus na situação.
Bom, eu creio que o diabo é o principal adversário de Deus e dos cristãos, ele sempre procura uma maneira para tentar frustrar os planos de Deus, mas não alcança o sucesso nas suas investidas.

Porém nem todo impecilho é obra do diabo. Em alguns momentos em sua vida o próprio homem buscando o meio mais facil de resolver os seus problemas acaba se envolvendo em situações desagradáveis e na maioria das vezes estas situações acontecem por ter feito algo que contraria a palavra de Deus. Neste caso a mudança de atitude será melhor do que os “atos proféticos, declarações de vitórias ou as amarrações exacerbadas”.

E como o homem é expert em andar pelo caminho que cedo ou tarde irá levá-lo à ruina, Deus pela sua infinita misericórdia intervém a fim de preservá-lo segundo o seu propósito.
Com isto quando algo parece se colocar contra as nossas vidas, devemos parar e discernir qual a causa: se é o diabo, se somos nós ou se é Deus nos preservando.
(I Ts 2:18; Dn 10; Sl 2; I Sm 15:22; Jn 1-1-17; Gn 8:21; Ef 1:11)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Muito azeite...pouca vasilha

Eu estava meditando em II Rs 4:1-7 e vendo a aflição de uma mulher que estava prestes a ter seus dois filhos tomados como forma de pagamento de uma dívida. Esta mulher segundo um historiador chamado Flávios Josefo seria a viúva do profeta Obadias.

Ao ver sua única chance de ter seus filhos salvos e a divida paga chegando na cidade, ela não perdeu tempo e foi falar com o profeta e saber qual seria a direção que Deus daria para ela. Para minha surpresa acabei entendo neste texto três processos que Deus utilizou para prover o escape, partindo do princípio de que Deus faz o impossível e deixa o possível para nos homens realizarem, e muitas vezes o impossível virá ou se realizará logo após a nossa atitude.
Tua serva não tem nada em casa, se não uma botija de azeite.”

1- Fé Provada (v.3): Sempre quando lembro desse tema lembro-me de C.H Spurgeon que disse: “Nenhuma flor veste tão adoravelmente um azul como aquelas que crescem ao pé das montanhas geladas; nenhuma estrela cintila tão brilhantemente quanto aquelas que reluzem no céu polar; não há água tão saborosa e doce como que salta no meio da areia do deserto; nenhuma fé é tão preciosa como a que vive e triunfa na adversidade!!! Fé Provada traz experiência.”
(Mc 7:27; Jz 7:7; II Rs 3:16; Tg 1:2-4).

2- Reclusão (v.4): Feita por todos que buscam um milagre da parte de Deus.
(II Rs 4:32-37; Mt 6:5-8; Mc 5:40; At 9:40).

3- Obediência (v.5a): Fundamental enquanto esperamos o agir de Deus, ser obediente mesmo em momentos difíceis mostra maturidade e confiança total no Senhor.
(I Sm 15:22; Jr 7:23; Tg 1:25; Dt 5:29).

A provisão (v.5b): sempre de maneira inesperada, no momento certo e não pode ser nunca desperdiçada.
(II Rs 6:25: 7:1-8,16-20; Jl 2:23-27; Jo 6:9-12).

Quando temos a pré-disposição de obedecer, agir e aceitar a vontade do Senhor não haverá vasilha suficiente, e nem a fé poderá corresponder à provisão que o Senhor tem para os fieis.(II Rs 4:6-7)

Amai o Senhor, vós todos os seus santos. O Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo. Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor” Sl.31:23, 24.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Que vergonha...


No ultimo dia 11 de março acessei o site de um jornal e logo me deparei com a seguinte noticia “Bandidos proibem manifestações de umbanda candomblé e expulsam donos de terreiros do morro”. Até então seria algo infelizmente do cotitiano da cidade do Rio de janeiro, onde os traficantes fazem o que querem e o governo continua omisso.

Porém ao ler a reportagem fiquei ciente de que os traficantes referidos na matéria não eram simples traficante mas sim, “traficantes de Jesus” !!! Seria cômico se não fosse trágico...
E o pior é que tudo isso ocorre com a conivência dos “pastores” que os “lideram” e em troca os recem “convertidos” recebem a missão de eliminar a concorrência.

Agora pensa comigo: no momento os tais “pastores” tem como concorrencia os donos de terreiros, imagine quando esta eliminação de concorrência for transferida à outras denominações, começaremos a ter novas facções ou denominações tipo: “comando vermelho pentecostal, terceiro comando batista, amigos dos amigos do fogo etc...”

Será o inicio de uma jirad evangélica?

Confira matéria do jornal em:

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Assim diz o Senhor!?


Certa vez me fiz a seguinte pergunta: Como pode uma pessoa que diz acreditar em Deus não crer em profecias ou nos profetas de Deus? Bom, a resposta a esta pergunta veio com o tempo, ao observar o comportamento daqueles que hoje se dizem “profetas” comparando-os com os profetas referidos na bíblia (Mt 12:33-37; Hb 1:1; II Pe1:21).

Cheguei a uma triste constatação: não é que as pessoas não crêem em profecias, o problema está em dar crédito ao indivíduo que se diz usado por Deus na atualidade. Se estes não conseguem nem ser exemplo no que crêem, como podem levar uma pessoa a crer que aquelas palavras que ele está proferindo vem da parte Deus?

I Rs 17:24; I Sm 3:19-21; II Rs 4:8-9 – Todos estes textos citados mostram que os profetas não precisavam dizer que eram homens de Deus, bastavam proceder como tal que eram reconhecidos, e como conseqüência não havia dúvidas de que Deus havia falado ou não através deles, o próprio Senhor confirmava a palavra profética (II Pe.1:19- 21).

Eu não quero aqui fazer apologia a SC (super crentes) , sei que somos todos falhos e se não for a graça, o amor e a misericórdia de Deus nada somos, e sem Ele nada podemos fazer. Mas isso não quer dizer que devemos ser relapsos em relação as nossas atitudes. Encontramos “profetas” mentindo, fofocando, aplicando o popular 171 e muitas das vezes falando uma coisa e no final fazendo outra. (Ef 5:3-16; Mt 5:37; Dt 18:20-22; Ez 13:1-10).

Que o Senhor continue a levantar homens que antes de falar tenham atitudes de homens de Deus sendo exemplo para esta geração.



quinta-feira, 20 de março de 2008

Vinho novo em odres novos.

Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem; mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.“ Mt 9:17

Muitos pedem vinho novo da parte do Senhor, e quando se fala deste vinho querem dizer mais unção ou um renovo. Porém a questão é o vinho não pode ser desperdiçado por isso o odre também tem que ser novo.

E o que seria um odre? Odres são sacos de pele feitos para transporte e armazenagem de líquidos. Um odre velho fica com a pele desgastada, enrijecida com pregas decorrente do peso. Por que não se deve colocar vinho novo em um odre velho? A fermentação do vinho novo produz gases, cuja pressão dilataria e romperia o odre, justamente nas pregas.

O enrijecimento dos odres velhos pode ser comparados com a religiosidade e sua intransigência que lança no inferno sem pensar duas vezes aqueles que eram, sem dar a estes uma chance para o arrependimento.

Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e
fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.”Jo 8:1-11”.

Assim como os velhos odres não conseguem suportar a dilatação do vinho novo, a intransigência religiosa não consegue suportar a graça e misericórdia ensinada no evangelho de Cristo.

As palavras neos e kainos , significam novo no original grego com sentidos diferentes; Neos quer dizer novo no sentido de recente, mas não novidade, agora kainos significa novo no sentido de novidade, algo nunca visto ou usado.

mas põe-se vinho novo(neos) em odres novos(kainos), e ambos se conservam

Aos receber do vinho novo que é o ensino da graça e misericórdia do Senhor, podemos nos comparar aos odres velhos ou novos, espero que sejamos todos odres novos que retém o vinho novo.

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” II Co 5:17; Cl 3:10; Rm 12:2; II Co 3:1-18.

sábado, 8 de março de 2008

Ser Aceito

Encontramos no livro de Gênesis logo no início a história de Caim e Abel, o primeiro homicídio. Observamos que o motivo que levou Caim a matar Abel foi a inveja, sim a inveja de o sacrifício dele não ter sido aceito pelo Senhor e o do seu irmão sim, sendo que o sacrifício foi o de menos, entendo que o que de fato agradou aos olhos do Senhor foi o procedimento de Abel, para que o seu sacrifício fosse aceito “agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.” (Gn. 4:4; Os. 6:6; 8:3)

Este texto me leva a meditar qual seria o motivo que levou o Senhor a não se agradar do procedimento de Caim, o que ele havia feito? “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas cumpre a ti domina-lo.”(Gn. 4:7). Creio que havia algo dentro de Caim que nem mesmo ele sabia pois, a inveja, o desejo de ser melhor que o irmão, que até então não haviam se manifestado tão fortemente a ponto dele perder o controle, conseqüentemente o levando a atentar contra a vida do próprio irmão. Mas Deus sabia o que se passava no íntimo daquele homem – “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”. (Jr. 17: 9-10)

O ser humano busca a aceitação ou o reconhecimento deste cedo na escola, entre os amigos, até no trabalho, por isto existe a disputa por cargos e posições. Vamos parar pra pensar; será que nos dias de hoje, encontramos este mesmo comportamento no meio do povo cristão? A busca por ser aceito por Deus com a eliminação da concorrência?

Acredito que devemos sim buscar agradar ao Pai celestial com as nossas atitudes literalmente oferecendo o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável, e o nosso louvor como aroma suave a ele. Agora, se procedermos como Caim, disputando para ver quem é mais usado por Deus, quem é mais ungido ou mais santo, com certeza não seremos agradáveis a Deus, e com isso virá o sentimento de inveja.

Que Deus tenha misericórdia de nós e que nos ajude a não sermos como Caim para não tentarmos matar ao nosso irmão, ou como os irmãos de José que além de joga-lo no buraco, venderam-no como escravo, uma vez que sabemos que este foi comprado por preço mais valioso que ouro ou prata, foi comprado pelo sangue do cordeiro Jesus, então vejamos o nosso trato com o irmão (Gn. 37:24-28 ; l Pe. 1:13-19, 22).

Então como ser aceito por Deus? “Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o Senhor esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre” (l Cr. 28:9) O segredo é ter um coração íntegro, justo para com Deus e o próximo e uma alma voluntária que não precisa ser mandada, antes como diz um ditado popular “está disposto a fazer o bem não importa a quem”, sempre lembrando que aquele que quer ser o maior seja o menor, e que a cada dia tenhamos em mente ter o irmão maior que nós mesmos. (Mt. 20:20-28; Fp. 2:3).

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Barba de molho.


Cansado de ver seus sermões caírem no vazio, um pastor resolveu dar uma lição aos seus ouvintes.

Num dos cultos semanais mais concorridos, ele subiu ao púlpito com seu aparelho de barbear, bacia, água, espuma, caneca, espelho e toalha. Nem sequer cumprimentou a igreja e, tranqüilamente, colocou água na bacia, testou a temperatura, ajeitou o espelho, pegou uma caneca, fez espuma, passou na cara, e começou a se barbear. Gastou vários minutos nisso, que pareceram uma eternidade para os presentes.

Ao final, quando todos esperavam que o pastor fosse fazer um desfecho maravilhoso, fosse lhes apontar o “moral da história”, ele simplesmente enxugou o rosto com a toalha, encerrou o culto e despediu o povo de volta para as suas casas.

Aquela semana foi atípica. O povo comentou o fato todos os dias, tentando adivinhar o significado de tudo aquilo: “Que mensagem ele quer nos passar?”; “Qual o simbolismo espiritual da água, do sabão, do barbear-se?”.

Dias depois, quando ele subiu novamente àquele púlpito, a igreja estava cheia. O pastor olhou para a congregação e disse-lhes: Sei que vocês querem saber o significado do que fiz aqui neste púlpito na semana passada. Bem, eu vou lhes dizer: não há significado algum! Nenhum simbolismo. Nenhum desfecho maravilhoso. Nenhuma mensagem. Nenhuma moral da história. No entanto, se podemos tirar alguma lição disto tudo, é a seguinte: Há anos eu venho apresentando para vocês a mensagem bíblica, mas não tenho visto nenhuma mudança em suas vidas. Minhas mensagens têm caído no esquecimento, tão logo vocês saem do templo. Eu gostaria que vocês comentassem meus sermões durante a semana, do mesmo modo que se dispuseram a comentar o meu barbear nestes últimos dias, ou será que a minha barba é mais importante para vocês que a Palavra de Deus?

E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” Dt.6:6-9.

Aprendendo com as águias

Existem momentos em nossas vidas em que, há a necessidade de mudanças, metamorfose, reciclagem, um renovo. Parece que se isso não acontecer iremos jogar tudo para o alto e sair correndo até cansar e aí desfalecer e dormir. Ou mudamos ou morremos!!!

Neste momento o esperar e confiar nossa vida plenamente nas mãos do Senhor é muito importante, pois significa depender d´Ele como nossa única fonte de ajuda e graça em tempo de necessidade.

E quando esperando Nele obtemos:
· A força divina para nos vivificar no meio do sofrimento e provações II Co. 4:16-18.
· Ele nos eleva acima das dificuldades, assim como a águia que paira nas alturas no céu acima das tempestades Hc. 3:19.
· A capacidade de correr espiritualmente sem se cansar e de caminhar firmemente para frente sem desfalecer, quando parece que Deus demora a agir Sl. 144:1, 2, 15. Deus promete que se o seu povo confiar nele com paciência, Ele proverá todo o necessário para sustenta-los Sl. 33:18-22; Fp. 3:13; I Co. 9:24-27.

Quando falo em renovo, lembro-me das águias:
As águias chegam a viver 70 anos mas, para chegar a esta idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma difícil decisão, pois nesta idade ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta; o bico alongado e pontiagudo se curva; as asas, envelhecidas e pesadas e, em função da grossura das penas, voar já é muito difícil.

Então a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher num ninho próximo a um paredão, onde ela não necessita voar. Após encontrar este lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arranca-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começarem a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas e, só após cinco meses, sai para o famoso vôo da renovação, e para viver então mais 30 anos.

Muitas vezes temos que nos resguardar algum tempo e começar um processo de renovação, devemos nos desprender de tudo aquilo que nos impede de avançar. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ainda que... tende bom ânimo

Existem muitos cristãos que pensam ser imunes a certas situações que acontecem na vida de qualquer mortal, isto por terem sidos ensinados que aqueles que servem a Deus estão por cima da carne seca, são os reis da cocada preta, da cocada branca e da de maracujá. Então nada acontece a eles nem sendo vontade de Deus, pois e só determinar e pronto: são os “intocáveis”.

Agora, na bíblia encontramos homens que serviram a Deus e passaram por situações adversas como ser perseguido, preso, açoitado e apedrejado. Creio que muitos cristãos da atualidade nem imaginam passar por estas situações, e se algum dia isso passar na mente deles, sem perda de tempo amarram em nome de Jesus, crendo que este pensamento é obra do diabo.

Porém como Deus é justo e faz o sol brilhar e a chuva cair sobre todos, o dia mal chega também na vida de todos, e infelizmente estes que se acham “intocáveis” são pegos de surpresa por não terem sido ensinados, por isso estão despreparados para suportar este dia. Por este motivo encontramos muitos entristecidos, se sentido enganados, culpando a Deus por estarem no estado que estão.

Quando na verdade Deus nunca deixou os seus enganados, o próprio Senhor Jesus disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Jo 16:33. Ter “bom ânimo”, esta é a questão, o cristão tem que ter a consciência de que Deus é poderoso para livra-lo de qualquer situação ou dar graça e passar com ele em qualquer situação, lembra do salmo 23:4 ? “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.”

Creio que qualquer situação difícil que um cristão possa enfrentar, ele enfrenta com a graça de Deus, sabendo que a presença de Deus está com ele e no momento certo o dia mal irá passar, por isso ele passa louvando o Senhor.



Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”. Hc 3:17-18

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sem amor nada somos.

" Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três;porém o maior destes é o amor."
I Co 13:13

sábado, 19 de janeiro de 2008

Pra quê Guru???

Um caminho foi aberto para desfrutar da intimidade com Deus, que requer apenas fé e intrepidez daquele que quer se aproximar, através do sacrifício de Jesus Cristo e isto independente de qualquer situação financeira, social e étnica. Sem a necessidade de ritos como ofertas de pombos, bodes, ovelhas, novilhos etc..., que exigia a presença dos sacerdotes que apresentavam essas ofertas a Deus.

Porém nos dias atuais encontramos pessoas que têm insistido em procurar a velha forma para se aproximar de Deus, achando que há a necessidade de um intermediário como se Jesus Cristo não fosse suficiente como tal.
Pessoas com as quais Deus tem falado diretamente seja na palavra, sonhos, visões conforme a escritura, porém, elas insistem em buscar gurus espirituais que as orientem e discirnam esses sonhos e visões, como se o Senhor não fosse poderoso para fazer com elas como fez com José ou Daniel.


Lembro-me, do povo de Israel no pé do monte presenciando os trovões e relâmpagos, com a possibilidade de se colocarem diante da presença do Senhor, porém o pavor tomou conta deles que preferiram que Moisés fosse o intermediário entre eles e Deus, com isso perderam a oportunidade de desfrutar da presença de Deus com mais intensidade em suas vidas, assim como muitos nos dias atuais.(Hb 4:14-16;I Jo 2:27; Ex 20:18-21).

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Espera em Deus.

Há momentos em nossa trajetória com Deus que o amor tem que ser maior do que a vontade! Pois somos presos ao tempo e circunstância, que nos leva ao desânimo e a pensar que a vontade de Deus vai demorar a se cumprir em nossas vidas.

E muitas das vezes acabamos nos rendendo ao que o “mundo” tem para nos oferecer, fazendo com que por alguns instantes venhamos a esquecer a tempestade que passa nas nossas cabeças. Porém no dia seguinte sabemos que a tempestade continua lá no nosso interior aguardando um momento para surgir ou uma oportunidade para aumentar as suas forças passando de tempestade para uma catástrofe, “um abismo chamando outro abismo”.


O salmista passou por uma situação semelhante, e fez uma pergunta a si: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim?" ( Sl 42:5)


Isto aconteceu porque no seu interior havia um conflito de fé, medo, devoção, dúvida, alegria e tristeza, por achar que as promessas de Deus estavam demorando, e ainda havia a afronta daqueles que o queriam desanimados a ponto de perguntarem: “- Onde está o seu Deus?”. Mais ainda sim ele anelava pela presença de Deus e sabia no fundo da sua alma que alcançaria misericórdia. De repente ele trás à mente as lembranças dos feitos do Senhor em sua vida, e reanima a alma dizendo: "Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu." Sl 42:11


Em momentos de dificuldades devemos trazer a memória o que nos pode dar esperança em nossas vidas, sabendo que diferente de nós, o nosso Deus não está preso ao tempo e nem a circunstância, que Ele não se cansa e que inclina e ouve a oração de todos que esperam com confiança n’Ele e pleiteia a causa do justo.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Descanso para a nossa alma.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e acharei descanso para a vossa alma. Porque o meu julgo é suave, e o meu fardo é leve.” Mt 11:28-30

Já li este texto várias vezes como muitos cristãos, mas quando o lemos o direcionamos erradamente para àqueles que ainda não estão em Cristo.

Lembro do comentário feito por Orlando Boyer sobre este texto, ele diz: “Há algo para tomar: seu jugo. Há algo para deixar: seu próprio fardo. Há algo para achar: descanso”

Cheguei a seguinte conclusão: este texto não é verdade na vida de muitos cristãos uma vez que em determinados momentos na vida não conseguem ter descanso para a alma.

E por que não encontram descanso para a alma?

Por não terem antes tomado o julgo suave e o fardo leve do Senhor, que é confiar totalmente na vontade do Pai. Quando entregamos o nosso caminho ao Senhor e confiamos nele verdadeiramente, aí sim, compreendemos que a vontade d’Ele é boa, perfeita e agradável. ( Sl 37:5; Rm 12:2 )

E só iremos conseguir pegar o julgo suave e o fardo leve do Senhor se primeiro lançarmos sobre Ele toda a nossa ansiedade crendo que seremos cuidados por Ele, e a cada dia aprenderemos a sermos obediente ao Pai como Ele foi. ( I Pe 5:7; Fp 2:5-8 )

Com isso, poderemos enfrentar toda e qualquer situação com descanso na alma sabendo que todas as coisa cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. ( Rm 8:28; Fp 4:6-13 )