sábado, 22 de dezembro de 2007

Ou isto ou aquilo.

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Este poema de Cecília Meireles ilustra muito bem, questões inconciliáveis como, por exemplo: a Lei e a Graça. Há muitos cristãos que tentam conciliar “a lei” com “a graça” desenvolvendo uma vida cristã confusa e doentia...

Ou vive-se na obrigação de cumprir os dez mandamentos em busca de se tornar uma pessoa melhor e mais aceitável a Deus, mas com um terror na alma por saber que se falhar em um dos mandamentos falhou em todos.

Ou anda-se simplesmente na graça com paz no espírito e alegria na alma por saber que mesmo não merecendo fomos amados de tal maneira que hoje somos aceitos e transformados por Deus e que toda nossa obediência é por amor.

Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão... E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei... Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.” (Gl 5:1-12)

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